Iniciativas incluem a prorrogação do pagamento de dívidas, novas linhas de crédito e uso do dinheiro público para comprar de pequenos agricultores.
O governo federal anunciou algumas medidas econômicas para ajudar o agronegócio durante a crise do coronavírus. O setor, considerado essencial, não parou.
O abastecimento segue garantido, de acordo com o Ministério da Agricultura, e as exportações continuam crescendo.
O agronegócio envolve diversas atividades e nem sempre o remédio adotado é o mesmo. Para grandes produtores, o governo buscou dar fôlego financeiro, como o prologamento de dívidas. Mesma situação para as agroindústrias.
Para pequenos e médios, o apoio virá com novas linhas de crédito e injeção direta de dinheiro, como o aumento das compras públicas de alimentos, o que garante que este agricultor vai ter comprador mesmo se procura dos consumidores cair.
As medidas anunciadas até agora são:
Prorrogação de dívidas de crédito rural;
Governo comprará R$ 500 milhões da agricultura familiar;
Novas linhas de crédito para pequenos e médios produtores;
Financiamentos para cooperativas e cerealistas;
Antecipação de benefício social para atingidos pela seca;
Manutenção da merenda escolar fora do período de aulas;
Incra prorroga prazo de pagamento de títulos por 60 dias.
1. Prorrogação de dívidas de crédito rural
O Ministério da Economia aprovou no dia 9 de abril a prorrogação das dívidas de financiamento de custeio e de investimentos de todos os produtores rurais do país contratadas no ano passado para até o dia 15 de agosto, com as mesmas taxas de juros.
A estimativa é que até R$ 70 bilhões de dívidas dos produtores ruais poderão ser renegociadas. A medida já está em vigor nos bancos.
2. Governo comprará R$ 500 milhões da agricultura familiar
A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, anunciou R$ 500 milhões para apoiar a compra de produtos da agricultura familiar. O texto da Medida Provisória que transfere os recursos do Ministério da Cidadania para o programa está pronto, aguardando apenas a publicação pela Casa Civil.
O dinheiro, explica a ministra, será usado no Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e deverá ajudar principalmente o setor de hortifrúti, de leite, de flores e pequenas cooperativas.
Neste programa, o governo federal compra diretamente dos agricultores. Após isso, juntamente com estados e municípios, eles podem distribuir ou utilizar os produtos.3. Novas linhas de crédito para pequenos e médios produtores
3. Novas linhas de crédito para pequenos e médios produtores
Governo libera linhas de crédito emergenciais para agricultores
O governo federal também liberou no dia 9 de abril novas linhas de crédito emergenciais para agricultores de pequeno a médio porte enfrentarem a crise provocada pela pandemia de coronavírus. A medida também já está valendo.
Para os pequenos produtores foi disponibilizado um financiamento com taxas de juros de 4,6% ao ano, com limite de R$ 20 mil por agricultor.
Para os produtores de médio porte, os juros serão de 6% ao ano com limite de R$ 40 mil. Todas as linhas permitem pagamento em até 3 anos.
4. Financiamento para cooperativas e cerealistas
Para cooperativas, agroindústrias e cerealistas foi autorizado no dia 9 de abril o financiamento para estocagem e comercialização (FGPP) com recursos do crédito rural, com limite de R$ 65 milhões por beneficiário. Já é possível fazer a contratação nos bancos.
Para as cooperativas de agricultores familiares, a taxa de juros será de 6% ao ano, e de 8% ao ano para as demais empresas. O prazo para pagamento será de 240 dias e o período para contratação se encerra em 30 de junho de 2020.
5. Antecipação de benefício social para atingidos pela seca
O governo federal antecipou no dia 15 de abril o pagamento do Garantia-Safra para produtores de 149 municípios nos estados de Alagoas, Bahia, Ceará, Minas Gerais, Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Norte e Sergipe. A medida deve beneficiar mais de 120 mil famílias.
O montante em recurso autorizado para o pagamento do benefício em abril, somando a antecipação e os pagamentos de parcelas normais chegará a R$ 73,3 milhões somente em abril.
6. Manutenção da merenda escolar fora do período de aulas
Uma lei aprovada no Congresso autorizou a distribuição de alimentos da merenda escolar adquiridos pelo Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) para as famílias dos alunos durante o período de suspensão das aulas. A medida entrou em vigor no dia 8 de abril.
Com isso, as compras do programa não serão paralisadas e mantém uma fonte de renda para os pequenos produtores. A estimativa é que isso injete R$ 1 bilhão no setor.
7. Incra prorroga prazo de pagamento de títulos por 60 dias
O Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) anunciou no fim de março a prorrogação por até 60 dias o prazo de vencimento de pagamentos referentes ao Crédito Instalação, a concessão do título da terra e de outras taxas administrativas por causa da pandemia do coronavírus.
Segundo a portaria, as parcelas que deveriam ser pagas desde o dia 4 de fevereiro serão prorrogadas por 60 dias, que serão contados após o fim da vigência do Estado de Emergência em Saúde Pública, que foi declarado pelo Ministério da Saúde.
Outras medidas
Digitalização
Para manter o funcionamento dos serviços de exportação e de auxílio ao produtor, o Ministério da Agricultura digitalizou alguns serviços, como a emissão de certificados de exportação e o de checagem de perdas nas lavoura para o pagamento de auxílios, como o Garantia-Safra e o Proagro.
Fiscalização
Outra atividade que tem acompanhamento especial é o da fiscalização agropecuária, fundamental para o comércio de carnes e derivados. Todo o efetivo continua trabalhando, com apoio de estados e municípios.
Auxílio de R$ 600 para agricultores familiares
Uma medida que ainda não está valendo, mas que o Congresso Nacional discute é a inclusão de agricultores familiares; pescadores artesanais e aquicultores; técnicos agrícolas; caminhoneiros; marisqueiros e catadores de caranguejos na lista de beneficiários do auxílio emergencial de R$ 600.
O texto foi aprovado no Câmara dos Deputados no dia 16 de abril e agora está em análise no Senado. Se aceito, vai para a sanção presidencial.
A proposta já foi aprovada no Senado e agora está em análise na Câmara dos Deputados. A estimativa é que o plano gere um gasto a mais para o governo de R$ 10 a R$ 14 bilhões.
Fonte: G1
Veja quem pode ser incluído como dependente na declaração do IR 2020
Incluir as pessoas que dependem financeiramente de você na declaração do imposto de renda 2020 pode ser uma forma de reduzir a mordida do Leão.
O que muda no trabalho, auxílio de R$ 600, alterações em impostos, benefícios, na relação de empresas com o consumidor e em outras áreas que envolvem seu dinheiro durante a pandemia.
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) sancionou hoje a MP (medida provisória) 936, que criou o Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda.
Nós usamos cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar a sua experiência. Ao utilizar nossos serviços, você concorda com tal monitoramento.Sim, concordo!Política de Privacidade